domingo, 7 de julho de 2013

Faroeste Caboclo - Mais que uma musica..

 
“Faroeste Caboclo” sempre foi uma canção cinematográfica, por isso sempre esperei por este momento! Mas, quem esperou ver a história de João de Santo Cristo, Maria Lúcia, Pablo e Jeremias exatamente como cantada na musica de Renato Russo se decepcionou, afinal como o próprio diretor deixou bem claro "não é um vídeo clipe", é uma adaptação para o cinema. Desta vez João não quer falar com o presidente, para ajudar "toda essa gente" que sofre e não é visto pelas "câmeras de TV", nem pelo "povo a aplaudir" e deixa de fazer referências à ditadura (nada de generais ou "bombas em bancas de jornal". João, o sertanejo da cidade de Santo Cristo, encontra em Brasília o amor e a morte.
 Muitas coisas foram seguidas à risca (como as "luzes de Natal" em Brasilia, a "Rockonha", a chocante ida ao "inferno" a "Winchester 22"  os "cinco tiros" ..) mas algumas foram alteradas e/ou simplesmente eliminadas da trama. Isso é ruim? Olha, não exatamente, a história está bem amarrada e a boa atuação dos atores ajuda muito. Foram inseridas, também, algumas “explicações” que não são relatadas na música e que ficaram bem bacanas (como, por exemplo, como o pai de João morreu, como "o carpinteiro conheceu a arquiteta" e por que Maria Lúcia “virou a casaca” no meio da história, que por sinal era algo que sempre me irritou, ).Mas eu, particularmente, senti falta de alguns elementos, sim. Não acho que prejudicou o andamento da história, mas acho que havia algumas coisas que teriam enriquecido o filme e simplesmente não foram utilizadas, sabe lá Deus por quê.
 Toda a equipe de produção do filme está com certeza de parabéns, pois conseguiu criar um visual digno de um "western Americano", que estão presentes em tomadas no chão, que destacam os passos e a bota do protagonista(até me arrepio quando lembro dessas cenas), isso sem falar na presença da tal "Winchester-22".
 A trilha sonora é toda baseada nas bandas ícones dos anos 80 e traz uma nostalgia gostosa, fazendo a gente bater o pezinho no chão toda vez que toca algum clássico. Bem bacana e ousado. Além disso, é sempre legal a gente ver algo que sempre imaginou apenas na cabeça criar vida e encher aquela telona bonita. É… gratificante. Acho que é essa a palavra.
Me pergunto: valeu a pena? Valeu. Me emocionei e não queria sair da cadeira até a musica acabar! Pode não ser exatamente como você imaginou (afinal, todo mundo vai pro cinema com o filme já montado na própria cabeça). Além do que, João do Santo Cristo faz parte das nossas vidas há tanto tempo que seria uma heresia ignorar sua “existência” agora que ele finalmente está aí “de verdade”.

Galera reunida mais uma vez, mas cadê a Gisa e o Gi? Rsrsrs


 Depois de "Somos tão Jovens", "Faroeste Caboclo", fico no aguardo de "Eduardo e Mônica"! 
 


Um comentário:

  1. Show, mãe! Também adorei o filme e mais ainda a tua resenha. Beijão!

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